terça-feira, 23 de agosto de 2016

Paloma e ele(s)

Estavamos longe de casa, era tarde da noite e por ironia do destino um carro de um amigo nosso que nos acompanhava avariou. Depois de várias tentativas o carro não se manifestou mais, e só restava chamar o reboque que só viria na manhã do dia seguinte.
Não iríamos deixar o nosso amigo ali sozinho, podia vir connosco no nosso carro para casa, mas no dia seguinte alguém o teria que levar lá de novo, foi então que resolvemos pernoitar por lá, arranjando dormida o mais próximo possível do carro avariado.
Fizemos uma pesquisa no google e naquele local não haviam hoteis, apenas uma pequena residencial onde iríamos tentar a nossa sorte para podermos descansar um pouco.
Chegados ao local e visto já ser tarde, a porta estava fechada, mas havia um papel pendurado a dizer para tocar a campainha. Assim fizemos.

Era uma residencial antiga, daquelas em que damos um passo e o soalho range, mas parecia ser asseada e limpa, pelo menos vista pelo lado de fora.
Um homem de meia idade apareceu, meio despenteado e pela sua cara, estava visto que o fomos acordar.

"- Boa noite!" - dissemos.
"- Boa noite." - respondeu -"Que desejam?"
"- Dois quartos, se fosse possível." - mencionamos.
"- Hummmm, lamento, de momento só temos um disponível"- referiu.
Olhamos uns para os outros sem saber o que dizer e fazer, ficar no carro o resto da noite não  nos pareceu muito confortável, mas também ter que fazer quase 100 klms para arranjar outra dormida àquela hora, não era de certeza aquilo que mais nos apetecia.
Até que um deles referiu:
"- E não há possibilidade de nos arranjar um colchão extra?"
"- Não, está tudo ocupado, mas a cama é de casal e é bastante grande." - disse o homem.
De novo entreolhamo-nos de olhos esbugalhados até que um dos três perguntou:
"- E porque não? Por mim tudo bem...podemos dormir os três!"
Os outros dois encolheram os ombros e acabaram por aceitar aquela nova experiência que, mal sabiam eles ainda ia dar que falar, ou sentir...

Chegados ao quarto constataram que de facto a cama era espaçosa, mas não tão grande como imaginaram...
Não estavam preparados com roupas para dormir, mas fazia calor e isso também não era muito importante, mas era mais uma questão púdica entre um casal e um amigo...ambos iriam ultrapassar isso e já se estava a prever que os homens iriam dormir lado a lado e que a mulher numa ponta ao lado do seu cônjuge...mas na hora de se deitarem, ela referiu:
"- Nada disso, eu quero saber qual é a sensação de poder dormir com um homem de cada lado."
O marido dela já conhecia a doida que tinha, mas contudo estava mais numa de dormir do que fazer outras coisas. Já o seu amigo, também já a conhecia um pouco e mesmo não se sentindo à vontade com outro homem ao lado, a mente dele já fervilhava com algumas ideias.

O Wc não era no quarto, típico das residenciais mais antigas, o que de certa forma os iria deixar mais à vontade, é um pouco constrangedor ter que partilhar certas coisas que se fazem nos wcs com alguém com quem não vivemos diariamente.
E no momento em que o homem do casal foi à casa de banho ficaram os outros dois no quarto a "mandarem umas bocas" obscenas.
"- Esquece, dizia ela, não vai ser fácil com ele ao lado."
"- Veremos!" - respondia-lhe ele.
Entretanto o outro chegou até que um a um foram todos ao wc.

Despiram-se quase por completo, ficando apenas com os boxers, ela de cuecas e atrevida como é não quis ficar com o soutien vestido, até porque com ele não conseguiria dormir, devido ao facto de não estar habituada a dormir assim, mas só o tirou quando já estava deitada e no escuro.
Ficou no meio deles e naquele momento passava-lhe tudo pela cabeça excepto a vontade de dormir.
Até que se lembrou de os começar a picar para ver como reagiam ambos os homens.
"- Que calor está aqui, não sei se vou conseguir dormir, podiamos fazer umas brincadeiras não acham?"
O marido dela só respondeu:
"- Hoje não, poupa-me, estou cansado e preciso de dormir, virando-lhe as costas."

Fez-se uns minutos de silêncio, ela não o atormentou mais, ficando sentida e amuada com o que ele dissera.
O amigo não referiu nada, até que a dada altura estando eles lado a lado, ousou passar-lhe a mão na perna dela, subindo cada vez mais...ela estremeceu, sentiu o desejo que ele não parasse. Mas tinha o marido ao lado e sem vontade para brincadeiras como à pouco mencionara.
Ele continuou a percorrer-lhe o corpo com uma mão e ela quase sem se mexer muito, porque sabia que não o devia fazer, também começou por lhe fazer o mesmo, ela virou-se para ele e beijou-o de uma forma tão silenciosa que só se conseguiam sentir o entrelaçar de línguas, sabia que não podia demorar muito nesse beijo, porque iria começar a arfar e podia ser perigoso.

Tudo naquele momento estava a ser perigoso, mas aquilo estava a excita-la de uma forma como nunca sentiu antes.
Sentia-se molhada, queria retirar as cuecas e que esse seu amigo a fodesse da forma mais bruta possível...mas não podiam, tudo que fizessem teria que ser o mais lento possível e o menos barulhento também, o que não iria ser nada fácil de conseguir.

Até que...começam a ouvir um ruído....era o marido que já dormia profundamente, já se ouvia o ressonar dele.
Ambos queriam aproveitar-se disso, queriam aproveitar-se um do outro e terem ali uns momentos de prazer.
Ele agarrava-lhe nas mamas, ela queria mais, ele apertava-lhe os bicos já duros de tanto tesão, ela pegava na mão dele no escuro e leva-a até às suas cuecas, ele teimoso volta para cima, ela beija-o e sussurra-lhe ao ouvido muito baixinho:
"- Quero que me faças vir, agora, preciso disso.!"

Ele deixa o receio de lado, que o marido dela pressinta alguma coisa e satisfaz-lhe o desejo. Ele mesmo sente uma excitação fora do normal, sabendo que está a fazer tudo aquilo, naquele local e acompanhado.
Nesse instante é ele que pega na mão dela e a conduz ao seu pau que por incrível que possa parecer está duro (e esta parte sei que quase ninguém entenderá o porquê do incrível, mas também não importa). Ela acaricia-o e de facto está mesmo duro como nunca o tinha visto antes e o que mais queria era saltar-lhe em cima, mas sabia que isso iria fazer barulho e iria abanar a cama. Merda, pensava para si mesma.

Ele sussura-lhe:
"- Noutro dia tratas de mim, hoje deixa-te levar e deixa que seja eu a tratar de ti, antes que ele acorde."
"- Não me parece justo..." - sussurrava-lhe ela - mas mostra lá do que és capaz.
Ele desvia-lhe as cuecas, mete um dedo devagar no sexo dela e sente-a quente, mais que molhada, continua a movimentar os seus dedos cada vez mais e a humidade era tanta que se conseguia ouvir o ruído do seu sexo lubrificado. As cuecas já estorvavam, ela retira-as, queria poder afastar as pernas o mais possível, só assim sentiria mais prazer, mas se o fizesse iria encostar-se ao seu marido que dormia e a qualquer movimento ele poderia acordar...ele não se cansava e ela quase soltava um gemido...aquilo estava a ser uma espécie de tortura, o querer libertar-se na plenitude e não poder. Eram gemidos abafados atrás de gemidos abafados.

Até que sente que está prestes a atingir aquilo que esperava, um delicioso orgasmo, ele deixa-se ficar dentro dela e sente a cona a latejar nos seus próprios dedos...de seguida ele retira a mão e leva um dedo todo molhado do seu liquido à boca dela para que o pudesse lamber.
Ela acalmou, beijando-o na boca de costas para o seu marido que não quis alinhar numa brincadeira a três e adormeceram.

Quando ela acordou estava apenas com o seu marido no seu quarto e mencionou:
"- Esta noite sonhei contigo."
"- Ai sim, e como foi o sonho?" - perguntou-lhe ele.
"- Foi bom, acho que foi mais uma fantasia que temos que pôr em prática."- referiu.
" - Hummmmm, que fantasia?" - continuou a questioná-la.
"- Eu, tu e um amigo..." - disse-lhe.
Ele sem pensar muito perguntou-lhe:
" - E porque esperas para convidares esse amigo?"
Ela ficou sem resposta...mas a ideia ainda lhe anda a matutar na cabeça.


18 comentários:

  1. onde é que fica essa residencial? assim vale a pena partilhar cama

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  2. Era só para ler-te com atenção ou para ficar de pau duro....?????
    Pois eu fiz os dois!!!

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  3. Melhor mesmo que o sonho é certamente poder concretizá-lo como parece que pode acontecer :P

    Beijo

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    1. Não sei se será...pelo menos nas mesmas circunstâncias não... :P

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  4. "Baseado numa estoria verídica"(?)
    AT

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  5. Para o livro das loucuras da nossa doidona preferida:)
    Pensador

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    1. Ninguém precisava de saber que eu ando a escrever um livro. :P

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  6. Fantástica descrição...sabemos bem o que é dormir a 4 bem apertados numa cama estreita, sem poder dar asas à vontade e à excitação! ;)

    http://nossa-vida-secreta.blogspot.pt/

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  7. Excelente...mais uma fantasia/realidade :-P

    Beijos

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