Tem alturas que nada sonha enquanto dorme, mas também tem outras que são sonhos e sonhos seguidos durante várias noites.
Tudo isto tem uma explicação cientifica de assim ser, e na cabecinha dela também tem, mas não adianta nada entrar agora aqui em pormenores, para vos explicar o porquê de sonhar aquilo e muito menos naquele local. Vou passar à parte mais interessante, o sonho em si.
O encontro dera-se num apeadeiro já fora de serviço, onde existia um velho comboio abandonado.
Cada um chegou lá no seu próprio carro e a intenção dele seria provocá-la ao máximo dentro do seu carro, ao ponto de a deixar em brasa, como tantas vezes imaginara quando estava sozinho ou na conversa com ela.
Ela, por sua vez também levava como objetivo provocá-lo, mas fora do carro. Com o passar dos anos apercebera-se que ter sexo num carro já não era tão confortável como em tempos passados.
Conversa puxa conversa e olhares humedecidos, predestinava o que estava prestes a acontecer.
E um beijo quase roubado por um deles, foi o acender da chama, naquela enorme fogueira que ainda tinha muito que arder.
A conversa foi desaparecendo aos poucos e o envolvimento entre corpos começou a acontecer.
Ele queria, ela também, tanto ou mais que ele até.
As roupas começaram a incomodar e os vidros ficaram baços num instante, devido ao calor que se emanava dos corpos e das respirações ofegantes.
"-Não, aqui não, vamos lá para fora!" - dizia-lhe ela.
"-Lá fora, tens a certeza? E se alguém aparece?"- perguntava-lhe ele.
"-Achas que vai aparecer aqui alguém? Neste local abandonado? Só se for pelo mesmo motivo que o nosso." - argumentava ela, na esperança que ele aceitasse.
"- Ok, eu faço-te a vontade, mas sentiria-me mais seguro aqui dentro, por motivos que tu tão bem conheces."
"- Deixa-te de merdas, esquece tudo e todos e faz de conta que este mundo é só nosso e hoje é o último dia que temos para o viver." - continuava ela.
Saíram do carro, já desabotoados e meio desfraldados, à procura do local ideal para foderem.
A ela passou-lhe pela mente ser possuída ali mesmo no capôt do carro em plena luz do dia. Ele idealizava sentar-se no banco da paragem onde já tanta gente no passado se sentara à espera do comboio.
Partilharam essas ideias, mas nem uma, nem outra lhes agradou.
Raios parta ser tão esquisito até na hora de foder...
Até que, ela olhando lá ao fundo o comboio meio descarrilado, lhe diz:
"-Já sei, vamos dar uma voltinha no comboio!"
Ele não conteve o sorriso e até cantarolou algo de um cantor brejeiro português '(a)pita (n)o comboio', e ambos brincaram com a situação.
Ela sentia-o com receio, talvez por o comboio já estar ali há muito tempo, velho e inclinado, mas a ela nada lhe metia medo, queria ir para dentro dele e por sua vez ele vir-se para dentro dela.
Assim o fizeram, era de todo estranho entrar num comboio sem ninguém, abandonado pelo tempo, com vidros partidos com bancos rotos e pintados com grafitis ao mesmo tempo que se observavam outros, que até não tinham assim tão mau aspecto.
Mas, o que os levara ali não foi apreciar a degradação do meio de transporte, mas sim uma bela foda.
Enquanto ele a ajudou a tirar a roupa toda, ela colocava-se a jeito, para poder apreciar a...paisagem...ou a foda, como queiram!!
Pegou-lhe nas ancas e entrou dentro dela com tal brutalidade que foi impossível ela não soltar um gemido.
"-Aahhhhhahh..."
"- Esta é por todas as vezes que me provocaste e eu não pude fazer nada." - dizia-lhe ele cheio de tesão.
Aquela experiência estava a ser única, algo nunca imaginado por eles, mas que pelas vicissitudes da vida assim o conseguiram fazer.
Era isso que a apaixonava, que a movia, o sentir-se diferente num local diferente e com alguém diferente. Conseguiu-o, e depois de ter atingido o climax e sentir que o seu parceiro também, beijaram-se como forma de satisfação.
"-És tão doida! - dizia-lhe ele.
"- E tu não gostas?" - perguntava-lhe ela.
"-Adoro..."
"Era isso que a apaixonava, que a movia, o sentir-se diferente num local diferente e com alguém diferente"...de enraivecer aqui o leitor.
ResponderEliminar^.~ Paloma
Porquê enraivecer??!
Eliminarpor uma doida assim...no comboio da vida :p
EliminarLol...mais calmo agora? :P
Eliminardecidi sentar-me no apeadeiro...esperando, com calma :p
EliminarQual apeadeiro? :P Será no mesmo que o meu do sonho?
EliminarO ritmo do "pouca terra" podia perfeitamente acompanhar o "truca truca". Continua partilhando teus belos sonhos. Agredecemos à sua causa:)
ResponderEliminarPensador
Lol...lá foi mais muita (en)terra... :P
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarDiz que o movimento do comboio embala mas, neste caso, o embalo foi outro e de outra origem :P
ResponderEliminarBem que me faz falta uma aventura destas.
;) E esperas pelo quê para a teres? Falta-te o comboio? :P
EliminarO comboio talvez fosse o mais fácil de arranjar :P
EliminarEntão, tens falta de tesão?? :P
EliminarIsso nunca me falta, já a companhia...
EliminarÉs assim tão feio ou mal "amanhado??? :D
EliminarEu acho que não, nem assim tão feio e nada mal "amanhado", funciona tudo sem falhas :P
EliminarAgora fiquei curiosa... ;)
Eliminar:D
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGostei...aliás sempre gostei de andar de comboio....com paragens em estações e apeadeiros :)
ResponderEliminarPois eu tb, e dificilmente ando.
EliminarE eu que todos os dias ando de comboio,nunca me aconteceu uma surpresa boa como esse teu sonho,hehehehe.
ResponderEliminarOs teus "sonhos" são sempre fantasias que não pensava duas vezes em as realizar....conhecesse-te eu ou alguém como tu ;))))
Beijooo
O meu subconsciente não pára, é o que é, e nem a dormir me deixa sossegada. Entendes agora porque de manhã me custa sempre tanto a levantar da cama? Tudo tem uma explicação... :P
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