Mostrar mensagens com a etiqueta amigo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta amigo. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Conselho de amigo

Numa conversa onde desabafava com um amigo, sobre o que se passava no meu coração tonto, ele dizia-me:
"- ...não voltes onde foste feliz, a não ser que seja para ficar de vez!"
Sábias palavras que não me diziam nada que eu já não soubesse, mas a tentação por vezes é tramada e aparece-nos assim do nada para nos testar.



sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Chuva vs Tesão

Em tempos tive uma amigo especial que me dizia adorar dias de chuva. Não entendia o porquê disso, até ao dia em que pensei seriamente sobre esse seu gosto e cheguei a uma conclusão do porquê dele gostar assim tanto de dias molhados.
Ele estava tão habituado a masturbar-se no chuveiro que quando apanhava chuva, ficava com tesão!

Deves andar num estado...ai, aiii!



quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Bons velhos tempos

Ai do que eu me fui lembrar...

Era um dia de sol, igual a tantos outros, e por algo que tivera que fazer distanciada de casa, fez com que ficasse mais perto de alguém.
Esse alguém só lhe disse: "-Quando estiveres pronta dá-me um toque."
Assim fez, deixou o seu carro estacionado ao lado de uns prédios e entrou na carrinha dele, sem saberem bem onde iriam, porque o tempo era mais que limitado.
Depois de algumas voltas, o local ideal não quis aparecer, e tiveram que resolver tudo, mais ou menos como se pode ver na imagem abaixo.

Quisera hoje o tempo que essa lembrança viesse à minha memória, e é tão bom olhar para trás com um sorriso malandro no rosto sem qualquer tipo de arrependimento.
Sinto que vivi a vida, sinto que ainda continuo a viver e que muito mais ainda está por vir.
A vida é de quem se atreve.
E o resto...são apenas restos de pobres mortais que se vão deixando morrer os poucos até que a terra os engula por completo.


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Recordar é Viver

Foi em setembro que te conheci...não, não é a musica do Vitor Espadinha, mas bem que poderia ser.

Deviam ser meados de setembro quando o encontro se sucedeu, já falavam há algum tempo, mas um encontro face to face, ainda não tinha acontecido. Marcaram o local, foram buscar uma boa dose de coragem sabe-se bem lá onde e seguiram em frente na companhia do Senhor Receio e da Dona Adrenalina que se faziam sentir a cada respiração por eles feita.
Um "olá" para aqui e um "tudo bem" para ali para começar aquele início de tarde e todas as outras palavras foram aparecendo e saindo das suas bocas de um modo muito aleatório e imprevisível. De quando em vez escutava-se um silêncio, silêncio esse que parecia abordar de uma forma muito estranha o olhar que divagava entre corpos...ai se o pensamento falasse...

Aos poucos a insegurança foi-se perdendo com a ajuda de uma ou outra conversa mais divertida, normalmente feita por ela e naquele momento não eram nada mais, nada menos que duas pessoas de sexos opostos, já dentro de um carro.
Houve alturas em que pareceu que o desejo queria fazer alguma coisa, mas conteve-se, talvez por ser o primeiro encontro e só meses mais tarde se veio a descobrir que esse mesmo desejo, já gritava nesse dia por muito mais do que aquilo que realmente foi feito.
Conversa puxa conversa e sorriso contra sorriso, onde os lábios predominavam, tanto um quanto o outro o que mais queriam naquele momento era beijarem-se...mas ele não queria tomar a iniciativa de o fazer, receava que ela não gostasse do abuso e não queria que aquele encontro fosse o primeiro e o último também, precaveu-se.
Ela, e visto que ele não ganhara a coragem suficiente para a beijar e como desde sempre foi uma mulher determinada, aproximou-se dele e tentou beija-lo...ele resistiu, chegando-se um pouco para trás, "mas que raio está ele a fazer, a fugir de um beijo meu, porquê?" - pensara ela na altura, não se deixou intimidar e prosseguiu até alcançar o que desejava, os lábios daquele homem, lábios esses ainda por descobrir e explorar, e que tanto tinham para dar e sentir.
Foi uma sensação que ficou eternamente tatuada na memória e o sabor desse beijo parece que ainda permanece nos dias de hoje. É difícil explicar o que se sentiu, mas a certeza foi apenas uma, é que foi bom e valia a pena repetir vezes sem conta.
Foi isso mesmo que tentaram fazer e conseguiram durante alguns anos que passaram a voar numa aventura altamente perigosa e luxuriante.

E agora...temos setembro de novo, não aquele setembro de outrora, mas este setembro em que a memória insiste de uma forma quase pragmática relembrar tudo aquilo que se viveu naquele dia e nos dias que surgiram a seguir.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

Paloma e ele(s)

Estavamos longe de casa, era tarde da noite e por ironia do destino um carro de um amigo nosso que nos acompanhava avariou. Depois de várias tentativas o carro não se manifestou mais, e só restava chamar o reboque que só viria na manhã do dia seguinte.
Não iríamos deixar o nosso amigo ali sozinho, podia vir connosco no nosso carro para casa, mas no dia seguinte alguém o teria que levar lá de novo, foi então que resolvemos pernoitar por lá, arranjando dormida o mais próximo possível do carro avariado.
Fizemos uma pesquisa no google e naquele local não haviam hoteis, apenas uma pequena residencial onde iríamos tentar a nossa sorte para podermos descansar um pouco.
Chegados ao local e visto já ser tarde, a porta estava fechada, mas havia um papel pendurado a dizer para tocar a campainha. Assim fizemos.

Era uma residencial antiga, daquelas em que damos um passo e o soalho range, mas parecia ser asseada e limpa, pelo menos vista pelo lado de fora.
Um homem de meia idade apareceu, meio despenteado e pela sua cara, estava visto que o fomos acordar.

"- Boa noite!" - dissemos.
"- Boa noite." - respondeu -"Que desejam?"
"- Dois quartos, se fosse possível." - mencionamos.
"- Hummmm, lamento, de momento só temos um disponível"- referiu.
Olhamos uns para os outros sem saber o que dizer e fazer, ficar no carro o resto da noite não  nos pareceu muito confortável, mas também ter que fazer quase 100 klms para arranjar outra dormida àquela hora, não era de certeza aquilo que mais nos apetecia.
Até que um deles referiu:
"- E não há possibilidade de nos arranjar um colchão extra?"
"- Não, está tudo ocupado, mas a cama é de casal e é bastante grande." - disse o homem.
De novo entreolhamo-nos de olhos esbugalhados até que um dos três perguntou:
"- E porque não? Por mim tudo bem...podemos dormir os três!"
Os outros dois encolheram os ombros e acabaram por aceitar aquela nova experiência que, mal sabiam eles ainda ia dar que falar, ou sentir...

Chegados ao quarto constataram que de facto a cama era espaçosa, mas não tão grande como imaginaram...
Não estavam preparados com roupas para dormir, mas fazia calor e isso também não era muito importante, mas era mais uma questão púdica entre um casal e um amigo...ambos iriam ultrapassar isso e já se estava a prever que os homens iriam dormir lado a lado e que a mulher numa ponta ao lado do seu cônjuge...mas na hora de se deitarem, ela referiu:
"- Nada disso, eu quero saber qual é a sensação de poder dormir com um homem de cada lado."
O marido dela já conhecia a doida que tinha, mas contudo estava mais numa de dormir do que fazer outras coisas. Já o seu amigo, também já a conhecia um pouco e mesmo não se sentindo à vontade com outro homem ao lado, a mente dele já fervilhava com algumas ideias.

O Wc não era no quarto, típico das residenciais mais antigas, o que de certa forma os iria deixar mais à vontade, é um pouco constrangedor ter que partilhar certas coisas que se fazem nos wcs com alguém com quem não vivemos diariamente.
E no momento em que o homem do casal foi à casa de banho ficaram os outros dois no quarto a "mandarem umas bocas" obscenas.
"- Esquece, dizia ela, não vai ser fácil com ele ao lado."
"- Veremos!" - respondia-lhe ele.
Entretanto o outro chegou até que um a um foram todos ao wc.

Despiram-se quase por completo, ficando apenas com os boxers, ela de cuecas e atrevida como é não quis ficar com o soutien vestido, até porque com ele não conseguiria dormir, devido ao facto de não estar habituada a dormir assim, mas só o tirou quando já estava deitada e no escuro.
Ficou no meio deles e naquele momento passava-lhe tudo pela cabeça excepto a vontade de dormir.
Até que se lembrou de os começar a picar para ver como reagiam ambos os homens.
"- Que calor está aqui, não sei se vou conseguir dormir, podiamos fazer umas brincadeiras não acham?"
O marido dela só respondeu:
"- Hoje não, poupa-me, estou cansado e preciso de dormir, virando-lhe as costas."

Fez-se uns minutos de silêncio, ela não o atormentou mais, ficando sentida e amuada com o que ele dissera.
O amigo não referiu nada, até que a dada altura estando eles lado a lado, ousou passar-lhe a mão na perna dela, subindo cada vez mais...ela estremeceu, sentiu o desejo que ele não parasse. Mas tinha o marido ao lado e sem vontade para brincadeiras como à pouco mencionara.
Ele continuou a percorrer-lhe o corpo com uma mão e ela quase sem se mexer muito, porque sabia que não o devia fazer, também começou por lhe fazer o mesmo, ela virou-se para ele e beijou-o de uma forma tão silenciosa que só se conseguiam sentir o entrelaçar de línguas, sabia que não podia demorar muito nesse beijo, porque iria começar a arfar e podia ser perigoso.

Tudo naquele momento estava a ser perigoso, mas aquilo estava a excita-la de uma forma como nunca sentiu antes.
Sentia-se molhada, queria retirar as cuecas e que esse seu amigo a fodesse da forma mais bruta possível...mas não podiam, tudo que fizessem teria que ser o mais lento possível e o menos barulhento também, o que não iria ser nada fácil de conseguir.

Até que...começam a ouvir um ruído....era o marido que já dormia profundamente, já se ouvia o ressonar dele.
Ambos queriam aproveitar-se disso, queriam aproveitar-se um do outro e terem ali uns momentos de prazer.
Ele agarrava-lhe nas mamas, ela queria mais, ele apertava-lhe os bicos já duros de tanto tesão, ela pegava na mão dele no escuro e leva-a até às suas cuecas, ele teimoso volta para cima, ela beija-o e sussurra-lhe ao ouvido muito baixinho:
"- Quero que me faças vir, agora, preciso disso.!"

Ele deixa o receio de lado, que o marido dela pressinta alguma coisa e satisfaz-lhe o desejo. Ele mesmo sente uma excitação fora do normal, sabendo que está a fazer tudo aquilo, naquele local e acompanhado.
Nesse instante é ele que pega na mão dela e a conduz ao seu pau que por incrível que possa parecer está duro (e esta parte sei que quase ninguém entenderá o porquê do incrível, mas também não importa). Ela acaricia-o e de facto está mesmo duro como nunca o tinha visto antes e o que mais queria era saltar-lhe em cima, mas sabia que isso iria fazer barulho e iria abanar a cama. Merda, pensava para si mesma.

Ele sussura-lhe:
"- Noutro dia tratas de mim, hoje deixa-te levar e deixa que seja eu a tratar de ti, antes que ele acorde."
"- Não me parece justo..." - sussurrava-lhe ela - mas mostra lá do que és capaz.
Ele desvia-lhe as cuecas, mete um dedo devagar no sexo dela e sente-a quente, mais que molhada, continua a movimentar os seus dedos cada vez mais e a humidade era tanta que se conseguia ouvir o ruído do seu sexo lubrificado. As cuecas já estorvavam, ela retira-as, queria poder afastar as pernas o mais possível, só assim sentiria mais prazer, mas se o fizesse iria encostar-se ao seu marido que dormia e a qualquer movimento ele poderia acordar...ele não se cansava e ela quase soltava um gemido...aquilo estava a ser uma espécie de tortura, o querer libertar-se na plenitude e não poder. Eram gemidos abafados atrás de gemidos abafados.

Até que sente que está prestes a atingir aquilo que esperava, um delicioso orgasmo, ele deixa-se ficar dentro dela e sente a cona a latejar nos seus próprios dedos...de seguida ele retira a mão e leva um dedo todo molhado do seu liquido à boca dela para que o pudesse lamber.
Ela acalmou, beijando-o na boca de costas para o seu marido que não quis alinhar numa brincadeira a três e adormeceram.

Quando ela acordou estava apenas com o seu marido no seu quarto e mencionou:
"- Esta noite sonhei contigo."
"- Ai sim, e como foi o sonho?" - perguntou-lhe ele.
"- Foi bom, acho que foi mais uma fantasia que temos que pôr em prática."- referiu.
" - Hummmmm, que fantasia?" - continuou a questioná-la.
"- Eu, tu e um amigo..." - disse-lhe.
Ele sem pensar muito perguntou-lhe:
" - E porque esperas para convidares esse amigo?"
Ela ficou sem resposta...mas a ideia ainda lhe anda a matutar na cabeça.


quinta-feira, 23 de junho de 2016

A tal zumba(da)

No último post referi que devido ao calor sentido, decidi ir à minha aula de zumba sem cuecas. Certo.
Vesti umas calças de fato de treino, um top e uma camisola e saí para zumbar, só que desta vez  o zumba foi um pouco diferente do habitual, em vez de ser numa sala com cerca de 15 ou 20 mulheres, decidi aceitar a proposta indecente de alguém e ir zumbar com essa pessoa dentro de um carro a pouca distância da tal sala do verdadeiro zumba.

Fazia de facto muito calor, a provocação era constante, a vontade era muito mais do que aquela que se fazia demonstrar. O carro não era o local mais apropriado para "zumbar", mas naquele momento era o melhor que se poderia ter e sem margem de dúvidas que seria para suar tanto ou mais que na aula do zumba.
A noite caía ao mesmo tempo que dois corpos desejosos de tudo, se iam tocando ao som de duas línguas entrelaçadas que mais pareciam dois répteis em fase de acasalamento.
A vontade dele era tê-la em cima da sua boca e entregar-lhe a sua língua como instrumento principal daquela orquestra sexual, para que a pudesse fazer gemer de prazer. A vontade dela era tê-lo numa cama e mostrar-lhe tudo do que era capaz de fazer e do prazer que lhe conseguiria proporcionar, visto que ali a margem de movimentos era muito diminuta e ela precisava de espaço para se poder libertar na totalidade e mostrar tudo aquilo que ele desconhecia.
Os beijos continuaram, as mãos sempre irrequietas e depressa se notou que ir sem cuecas era de facto muito mais prático para se poder atingir certos locais, local esse que ao ser tocado, fervilhava já de tanta humidade e tesão, os dedos escorregavam num vaivém numa procura constante de prazer rápido e tão depressa se fizeram desaparecer umas calças, como tão depressa se conseguiu sentir uma língua ávida dentro dela. Deixou-se tomar, ela mesma fazia os movimentos de anca em cima dele que deitado para trás no banco do pendura tentava com que ela sentisse prazer e mais prazer...ambos suavam...parecia que estavam numa espécie de sauna onde o calor a dada altura começava já a ficar insuportável, mas a vontade de se terem era tanta que suportavam tudo.
Depois de a ter "minetado" ela mesma lhe procurou a sua boca, mania dela de gostar de beijar um homem depois dele lhe ter lambido para ficar a conhecer o odor e sabor do seu próprio sexo.
Ela em cima dele, fazia com que os seus seios lhe roçassem o peito, chupou-lhe os mamilos trincou-os e deliciava-se ao senti-lo a contorcer-se...e sem darem por ela a hora da aula do zumba já estava passada, sabia que não podia abusar da sorte e teria que ir para casa para que ninguém desconfiasse de nada...tentou arranjar-se, colocar tudo no seu devido lugar e antes de ir para casa, saiu fora do carro, abriu-lhe a porta, ajoelhou-se e pegou no pau dele e chupou-o, tal como ele lhe tinha insinuado numa conversa...
Despediram-se e ficou no ar  a sensação que muito mais haveria a fazer e a descobrir...
Até lá se verá, se se faz ou se se descobre.


terça-feira, 24 de maio de 2016

Pensamento da manhã

Há quem nos consiga inquietar...com a sua inquietação...
Não fosse eu adormecer e acordar com o mesmo pensamento!


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Apenas um beijo

Na continuação de um diálogo via skype, ele aproxima-se da web e envia-lhe um beijo, ao qual ela pergunta:
"- Porque ainda me dás beijos?"
Ele responde:
"- Porque me apetece, porque és chata e teimosa..."
"- E aos chatos dão-se beijos?" - continuou ela.
"- Só às chatas lindas..." - respondeu-lhe ele.

Escusado será dizer que ela nada mais referiu, não fosse já conhecer aquela alma que já tão bem a conhecia. 
De seguida ele ainda lhe envia isto:


Ela pôs a musica a tocar e parou no tempo a escutar o que ela lhe dizia.
E havia nessa musica tanto deles...

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Maratona

Depois de se ter deixado dormitar no sofá, levantou-se sonolenta e caminhou para a cama, eram quase 1 da manhã. Nada disse, apenas vestiu o pijama, meteu-se entre lençóis, fechou os olhos e adormeceu.

Não tardara nada e encontrava-se a meio de uma maratona desportiva, para uma causa qualquer humanitária, onde encontrou um homem já seu conhecido.
Ficou perplexa quando o viu ali, não esperava encontra-lo, muito menos naquele local, e no meio daquela multidão.
Dentro de si, tudo estremeceu com um forte arrepio e um cambalear de pernas. Passaram-lhe mil perguntas pela cabeça ao mesmo tempo que se faziam as respostas às mesmas.

Estava calor, os corpos pediam água, as garrafas já estavam vazias e ele, numa de agradar e tentar a sua sorte, convidou-a para fazerem um desvio, onde a levaria a uma fonte.
Aceitou sem pestanejar, tinha sede de água e talvez de algo mais...

Aos poucos foram abrandando o passo, para que todos os outros que participavam na maratona os ultrapassassem e o desvio feito por eles fosse o menos notado.
Já a escassos metros da multidão ela segui-o para o meio do pinhal onde iriam ao encontro da tal fonte.
Por momentos ela questionou-se se haveria de facto alguma fonte, ou se tudo aquilo teria sido apenas um pretexto para estar com ela a sós.
Não se importou muito com esse pensamento, afinal de contas estava por conta dela e fazia o que bem entendia e com quem  bem "escolhia".

Pelo caminho trocaram algumas palavras escassas até que a fonte apareceu. Saciaram a sede, sentaram-se no chão e entreolharam-se de um modo estranho e intimidante. Não era de todo nada normal estar com aquele indivíduo naquele local, mas a vida tem destas coisas e proporcionam-se situações muitas vezes com pessoas e em locais jamais imaginados por nós.

Ela levantou-se e diz-lhe que está na hora de voltar à maratona e que os outros já estão distanciados o suficiente, o que vai fazer com que tenham que se despachar mais um pouco.
Ele, por sua vez, também se levanta, olha-a de frente, aproxima-se dela e beija-a. Nada disse, nada proferiram, ela deixou-se beijar, sentiu o seu corpo a desejá-lo e 'que se dane a maratona', pensara para consigo mesma.

O beijo transformou-se noutro beijo, que por sua vez deram azo a toques, a roços e a vontades, de se explorarem ao máximo.
As roupas começaram a cair lentamente no chão, as palavras desapareceram de vez, dando lugar a sussurros e a gemidos. Ambos o queriam e nada fizeram para travar a situação. Nem a probabilidade de poder aparecer alguém para beber os detiveram.

Ela sente-o duro, ele sente-a atesuada.
Ela agacha-se para abocanhar o seu membro, ele delicia-se ao senti-lo.
Ela pede-lhe que se sente no chão, ele obedece.
Ela senta-se em cima do seu pau teso, ele enterra-o todo lentamente.
E assim se começa mais uma maratona entre dois corpos que naquele instante o único objetivo era sentir e dar prazer, só isso fazia com que ganhassem e o ideal seria chegarem os dois ao mesmo tempo à meta.
Ela gemia e gritava no meio daquele pinhal que se imaginava deserto, mas nunca se sabe se atrás de uma árvore poderia existir um mirone. Tudo isso lhes passou pela cabeça, mas apenas num flasch, porque o importante era aproveitar aquele momento único tão prazeroso, que só dois doidos quanto eles sabiam aproveitar.

Ela em cima dele a cavalgar, ele a tentar equilibrar-se e travar lentamente para que não explodisse antes do tempo.
Entretanto ela pede-lhe que se levante e encostando-se a um tronco caído, sugere que a penetre por trás, era assim que ela o queria sentir a atingir o orgasmo, e assim o fez de modo selvagem e voluptuoso.

Depois da maratona acabada, seguiram ao encontro de todos os outros que já caminhavam longe, mas com poucas forças, tal fora a intensidade daquela escapadinha entre pinheiros.



sexta-feira, 4 de março de 2016

Das recaídas

Sim, eu sei, já lá vão alguns meses sem contacto físico; sei que vão alguns meses em que tens respeitado aquilo que te pedi; sei que vão alguns meses de altos e baixos; sei que vão alguns meses em que calaste aquilo que dentro de ti tanto gritava e ainda grita; sei que vão alguns meses em que me desejaste mais do que nunca e sei que ainda continuas a desejar; sei que vão alguns meses em que te disse que era o fim; sei que vão alguns meses em que ambos suportamos as tentações; sei que vão alguns meses em que me recuso a estar contigo.

Mas, saberás tu que...nesses meses eu nunca deixei de querer o teu contacto físico; saberás tu, que tantas vezes pedi para mim mesma que não respeitasses aquilo que te pedi; saberás tu, que nesses altos e baixos fiz e desejei coisas apenas para te afastar; saberás tu que, aquilo que calas-te e tanto gritava dentro de ti eu ouvi-o vezes sem fim; saberás tu, que esse fim ainda não chegou; saberás tu, que suportar a tentação é uma tortura constante; saberás tu que nesses meses, nego aquilo que desejo??

Só não sei, quantos meses mais serão; quantos mais respeitarás o que te pedi; quantos mais altos e baixos estarão por vir; quanto mais tempo irás aguentar aquilo que calas e eu também; quanto mais me desejarás...e nos desejaremos...

Mas de uma coisa tenho a certeza, é que se não for eu a dar o passo, andaremos nisto uma vida toda.
De uma coisa, tenho a certeza, é que ninguém substitui ninguém e tudo dura o tempo necessário para se tornar inesquecível.