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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Despida

"Sabes que mais?
Despi-me.
Despi o corpo de culpa.
Passei  metade da vida a tentar ser correta, a querer ser ponderada, a exigir[me] ser leal.
Vesti-me com os melhores valores, rodeei-me das melhores práticas e fiz, quase sempre, a aposta certa.
Se nunca falhei? Claro que sim. Falhei. Falhei demasiadas vezes. As vezes necessárias para me fazer levantar, para limpar as feridas e seguir em frente. Seguimos sempre em frente, não é? Com mais ou menos mazelas, mas somos dos duros. Dos que não vergam. Dos que acreditam que o bem irá sempre triunfar. E por isso seguimos.
Fui eximia no sentir. Senti sempre em doses exageradas. O que sinto hoje é na exacta proporção do que sei que vou sofrer amanhã. Sempre foi assim. E desconfio que já não irá mudar.
No entanto, hoje, descobri - como quem descobre uma fórmula de que há muito estava à espera - que fui assim, durante este tempo todo, mais pelos outros do que por mim.
Somos leais com os outros, sentimos pelos outros.
Sabes que mais?
Cansei!
Cansei de não ir porque não é correto, de não fazer porque não é sensato, de não sentir para não magoar.
Despi-me de culpas. Deixei-as lá fora. Despi-me das culpas que carregamos. Não faço porque...Mas eis que, agora, apetece-me fazer, apetece-me ir e apetece-me sentir [me].
Eu. Agora, eu, porra! Sem culpas.
Talvez me digas: «Já não tens idade para ser rebelde.»
E eu talvez te responda: «O que eu não tenho idade é para continuar a não viver.»
Despi o corpo de culpas.
E talvez o dispa de roupas também.
Ou talvez dispa a alma.
Com calma.
Talvez vá.
Talvez faça. 
Talvez seja.
E talvez [me] veja.
E se te parecer desconexa, insana.
Se te deitar na minha cama, se te desejar mesmo sem te querer.
E se te parecer mais solta e menos ponderada.  
Mais desprendida, menos apaixonada.
Não te preocupes.
Estarei a viver sem culpas, sem viver amedrontada.
O que, agora, vês em mim é o meu tudo. 
Porque antes querer viver tudo do que acabar por morrer sem nada."

(Só que não)


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

...

"Se amares a tua vida, até o diabo te respeita."
José Micard Teixeira


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Karma

"Quero que se foda o karma. A sério, estou-me a borrifar se traí, menti, matei ou jurei sem ter cumprido. Tenho um compromisso com a vida, hoje e não ontem, e acredito na minha capacidade de escolher entre o mais fácil e o melhor. Não tenho medo de não ter medo do karma. Se Deus existe, não vou aceitar que me condene pelo que fiz no passado. Bem pelo contrário. 
Se não estou a aprender com tudo aquilo que faço, se não aprendi com tudo aquilo que fiz, então é porque não estou a viver, mas a morrer em vida. 
Não me assusta que me digam que estou condenado a pagar pelo que fiz. Não acredito. Pode até parecer presunção, mas não me arrependo de nada. Fiz o que fiz porque fiz. Por isso, quero que se foda o karma. Poupem-me as merdices e deixem-me viver sem maldizer o meu passado."

José Micard Teixeira


domingo, 28 de agosto de 2016

Pessoas

"Aquilo que faz mais falta encontrar nas pessoas é um espírito aberto para celebrar mais a vida. Conheço pessoas para quem um charro ou uma linha de cocaína representa a achega para a desinibição e o topo do mundo. 
Existem pessoas que fazem amor sempre no mesmo dia e mais ou menos à mesma hora como se tomassem um remédio ou fizessem um feitiço. Sei de homens e mulheres que não sabem viver longe do seu trabalho porque é apenas lá que se sentem parte de alguma coisa. Já escutei gente gritar contra as dificuldades e recusar um emprego por causa do horário. 
Conheço pessoas que têm medo da solidão e adoram a coscuvilhice e queixar-se dos outros. Mas também conheço gente que gosta de banhos de espuma, festas na praia, filmes do Rambo, pessoas que não têm medo de cair no ridículo com aquilo que gostam de fazer, que andam sem roupa interior, que calçam ténis todo o ano, que não seguem moda nem tendências, que não exigem nada da vida porque não querem saber do amanhã mais do que sabem do hoje, que fazem exercício físico com paixão, que escutam música como se ouvissem poesia e que fazem paragens na vida unicamente porque já perceberam que tudo o que não pára acaba por chegar ao fim depressa demais."

(José Micard Teixeira)


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Vida

"Não chames vida à tua vida se não tiveres amigos estranhos, amores loucos, aventuras infindáveis, beijos intensos e viagens não planeadas."
José Micard Teixeira


quinta-feira, 16 de junho de 2016

É tudo uma questão de tempo

"Tudo é temporário. Tudo acaba inevitavelmente por terminar. Se não termina, pelo menos muda, e a mudança é sempre o fim de algo e o começo de alguma coisa de novo. Eu sei que não consigo contrariar tal evidência, mas posso viver em harmonia com ela. Há muito que decidi descobrir por mim próprio tudo o que me faz feliz sem me importar com o quanto de louco posso parecer aos outros. Percebi também que para ser feliz, as minhas escolhas têm de ter sempre uma certa dose de loucura. Somente um louco pode sacrificar a qualquer instante quem é por quem se pode tornar. O risco é enorme, mas sem ele nunca nada vai valer tanto a pena. É o acto de arriscar que me estimula e me engrandece diante da mudança. Se assim não fosse, ainda hoje estaria agarrado ao meu passado e a lamentar a vida que tinha. Hoje, procuro não me queixar. Foi essa a maneira que encontrei para conseguir fazer tudo sem pressa, mas também sem me dar ao luxo de perder mais tempo."
José Micard Teixeira


terça-feira, 1 de março de 2016

Bom dia!

"Escolhi divertir-me e viver intensamente cada minuto que me é dado ter.
Decidi viver novas paixões e tomar rumos diferentes dos antigos para desvincular-me de tudo aquilo que não traz mais alegria para a minha vida. 
Pode até parecer uma atitude louca, mas já há muito que entendi que onde não existe uma boa dose de loucura não existe nada que faça qualquer sentido ser vivido."

José Micard Teixeira


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Porto de abrigo

Vicissitudes da vida, têm-me levado a andar um pouco mais calma, têm feito com que o  meu lado mais selvagem esteja em stand by. Não se trata de desinteresse, de falta de vontade, de não querer mais, porque, é bom que se saiba que a fera ainda está viva, mas apenas mais recatada porque a vida assim o tem exigido.
Sei que me tenho afastado um pouco de certos hábitos, de certas pessoas, de certas loucuras, mas tudo isso será ultrapassado, logo que esta fase menos boa se afaste de mim e dos que mais amo.
Neste momento sinto-me na obrigação de cuidar de quem mais precisa de mim e apenas preciso de um único refúgio, aquele que está sempre ao meu lado, o meu porto de abrigo. 
Porto esse onde sei que me poderei refugiar sempre que seja necessário até ao resto da minha vida.
As outras andanças...serão apenas passatempos de uma mulher aventureira que mais tarde ou mais cedo acabará por atinar.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Depois de algum tempo

"Beijos não são contratos e presentes não são promessas.

Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. 
Aprendes que não importa o quanto te importas.
E aprendes que realmente podes suportar mais.
E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para fazer planos, e o futuro tem o costume de aparecer do nada."

 William Shaskpeare




sábado, 13 de fevereiro de 2016

Sensações

Os dias não estavam a ser fáceis, as noites por sua vez também não.
E dentro dela havia uma constante mistura de sensações e revolta acumuladas prestes a explodirem.
Mas enquanto isso não acontecia...guardava tudo silenciosamente para si, sem que ninguém se apercebesse.
Faz parte da sua maneira de ser, mostrar-se forte e resistente, mas no fundo ela sabe que mais tarde ou mais cedo, vai acabar de joelhos.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Trabalhos (fora) de casa

O que às vezes nos parece fácil e simples de fazer, torna-se num árduo trabalho de dias e dias sem fim, para que consigamos chegar onde realmente desejamos.
Engane-se quem pensa que está tudo ao nosso alcance desde que queiramos muito.
Querer por si só não basta, tem que haver muita persistência e teimosia, uma certa rebeldia à mistura, quando se trata de algo fora do comum.
O que nos leva ir à procura do complicado, se temos o facilitismo nas nossas mãos todos os dias?
Porque vamos à procura do incerto, se temos o certo a nossos pés?
Como referia num dos posts atrás, é de facto uma estranha forma de vida, que só compreenderá quem não for absolutamente normal.
Se sou anormal?
Talvez...há quem diga que sim.
Não importa o que me chamam, o que me julgam.
O importante no meio disto tudo é saber aproveitar cada pedacinho de oportunidade que a vida nos oferece.
Se soubermos e conseguirmos tirar um bom proveito, tanto melhor para nós. Se for o oposto, vai com certeza servir-nos de lição.
Lição essa a somar a tantas outras que fomos adquirindo até então.



terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Lido por aí...

"A vida ensinou-me que ser doce demais enjoa...
Eu nasci com um toque de pimenta. Ser ardente é melhor do que ser enjoativa!"


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Sejamos o elo mais forte

Provocamos e deixamos que nos provoquem e todo esse desenrolar de palavras e olhares...pode ser apenas um início de muitas coisas mais.
De facto, sempre desconfiei que a curiosidade pode ser aliada da descoberta. Por sua vez, a descoberta pode ser aliada da loucura.
E o que acontece quando nos deixamos conhecer, quando avançamos para um patamar mais elevado?
Das duas uma.
Ou cedemos, ou metemos o rabinho entre as pernas e desaparecemos de vez.
Desaparecer, faz de nós o elo mais fraco. Se tomarmos essa opção é sinal que o que queria-mos descobrir não era assim tão empolgante quanto imaginava-mos ser.
Ceder faz de nós o elo mais forte.
E sermos o elo mais forte faz com que sintamos na pele o arrepio, o querer mais, o desejar todo o possível e o impossível.
Desejar tudo, sem medos, sem receios e sem moderações, porque a moderação é apenas uma desculpa para quem tem medo de viver.
E quem tem medo de viver não vive na plenitude.
Por isso, deixem-se de desculpas, sejam o elo mais forte e vivam...nem que pelo meio disso haja sempre alguém a apelidar-vos de "fraquinha(o)s!
Prefiro ser "fraquinha" e viver da forma que mais gozo me dá.
Do que armar-me em forte e não conseguir chegar onde as "fraquinhas" como eu, chegam!!



quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Coisas minhas

O que fazer quando a tentação nos bate à porta em forma de perigo?
O que fazer para evitarmos aquilo que na realidade desejamos?
O que fazer quando nos debatemos contra algo ou alguém fora dos nossos parâmetros normais?
O que fazer quando a curiosidade surge sobre algo do qual nunca vivenciamos?
Cedemos?
Deixamo-nos levar?
Arriscamos?
Desistimos?

Nem sempre aquilo que nos envolve e nos arrepia a pele, é o mais correto. 
E o que é o correto, senão aquilo que queremos?
Que se lixem os dogmas.
Que se danem os valores dos quais fomos quase "obrigados" a seguir.
Que se foda tudo e todos e sejamos nós os que mais conseguem obter prazer nessa mesma foda.

Sei que posso ser complicada, não compreendida, apontada...
Mas sabem que mais?
A vida é isto que acontece a cada segundo e cabe-nos a nós ter "tomates" para a viver da forma que mais prazer nos dá. 
Somos nós que decidimos a vida e não o contrário, somos nós que fazemos o nosso destino e não o destino que vem até nós.
Nunca esquecendo que deve ser obrigatoriamente proibido magoar quem quer que seja. Causar danos? Não!
Vivamos...arrisquemos quando nos dá na gana.
Das coisas que mais tenho aprendido ao longo da vida, é que, por vezes agirmos por impulso é bem melhor do que pensar seriamente sobre algo e fazermos planos.
Pode parecer ridículo, mas o inesperado sabe sempre melhor...tenha ele a dose de loucura que tiver.



quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Caminhando...

"O que faz andar a estrada?
É o sonho.
Enquanto a gente sonhar, a estrada permanecerá viva.
É para isso que servem os caminhos...
Para nos fazerem parentes do futuro."
(Mia Couto)