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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Vontade louca

A vontade anda no auge, no cume de todos os meus pensamentos e desejos. Tento parecer serena e normal disfarçadamente para com as outras pessoas, mas cá dentro, tudo é fogo que me consome. As entranhas remexem-se sozinhas, apelam-me para que vá ao encontro delas, de preferência com companhia. Tudo me pede toque, tudo em mim é audácia e luxúria ao mais alto nível. Preciso disto para viver em pleno para comigo mesma. Escondo em mim um animal selvagem no cio, que depois de ter hibernado, volta com a força toda cá para fora para atacar e ser atacado numa luta a favor da sua própria sobrevivência, por mais egoísta que possa parecer.
Ser uma pessoal normal não seria muito mais fácil? Alguém que vive o seu dia a dia na pasmaceira quotidiana sem desejos e sem quereres "anormais"?
Mas porque raio tinha de ser eu uma pessoa assim...que com nada se contenta e se contenta, quer sempre mais?
Porque raio tenho eu um sangue que ferve a todo o instante, em vez de um sangue ameno, que se sustenta com o básico?
Hummm...porquê?
Respondam-me.
Porque é que estou a escrever isto e lá no meu fundo tenho é vontade de largar o teclado, pegar no carro e ir de encontro ao que me é proibido?


sexta-feira, 24 de março de 2017

Ai, Paloma, Paloma...

Andava assim meio "choca" como uma amiga lhe chamou, algumas noites seguidas mal dormidas e uma mente muito barulhenta iam-na aos poucos puxando-a para baixo, logo ela, que era uma mulher de andar sempre em cima, mas desta vez estava a deixar-se arrastar.
Acordou cedo, preparou os miúdos para a escola, tomou o pequeno-almoço e meteu-se de novo na cama, dormitou mais um pouco, mas isso só fez com que ficasse ainda mais abatida e molengona.
Levantou-se, tomou um banho e enquanto se limpava, deu por si a lamentar-se em pensamento que desta vez nem abusou do chuveiro como tanto gostava de fazer. "Ai, Paloma, Paloma, que se passa contigo, que até isso já não te apetece?", pergunta-se a si mesma, sem querer arranjar resposta para isso. Mas...algo lhe percorreu a mente, e num piscar de olhos dirigiu-se à tal gaveta, onde guarda todos os seus utensílios de prazer e abre cuidadosamente a maleta das fodas, onde retira o seu amigo Pink. De facto tesão não havia, mas tinha a certeza que iria arranjar forma de o encontrar.
Deitou-se na cama, e leva o seu amigo Pink à boca para o lubrificar, liga-o no mínimo e vai inserindo-o aos poucos na sua cona que até então parecia não querer nada com ele, mas de repente mudou de ideias. Ela sabia que precisava disso para andar bem, ela sabia que precisava de orgasmos, de tesão, de pensamentos ordinários e proibidos.
Deixou-se estar naquela entrega de prazer, ora tocando-se aqui, ora tocando-se ali até que num gemido longo e prazeroso, deixou-se descair na cama ao mesmo tempo que deixou rolar o seu vibrador pelos lençóis ainda ligado. 

Soube bem de facto, mas nos seus mais recônditos pensamentos sabia bem que não era aquilo que ela mais desejava...ela precisava de carne, de cheiro de homem, de mãos ágeis e atrevidas, de uma entrega mútua de desejo, fosse ele proibido ou não.



quinta-feira, 16 de junho de 2016

É tudo uma questão de tempo

"Tudo é temporário. Tudo acaba inevitavelmente por terminar. Se não termina, pelo menos muda, e a mudança é sempre o fim de algo e o começo de alguma coisa de novo. Eu sei que não consigo contrariar tal evidência, mas posso viver em harmonia com ela. Há muito que decidi descobrir por mim próprio tudo o que me faz feliz sem me importar com o quanto de louco posso parecer aos outros. Percebi também que para ser feliz, as minhas escolhas têm de ter sempre uma certa dose de loucura. Somente um louco pode sacrificar a qualquer instante quem é por quem se pode tornar. O risco é enorme, mas sem ele nunca nada vai valer tanto a pena. É o acto de arriscar que me estimula e me engrandece diante da mudança. Se assim não fosse, ainda hoje estaria agarrado ao meu passado e a lamentar a vida que tinha. Hoje, procuro não me queixar. Foi essa a maneira que encontrei para conseguir fazer tudo sem pressa, mas também sem me dar ao luxo de perder mais tempo."
José Micard Teixeira