Sábado à noite e tudo prometia para que essa noite fosse uma espécie de retiro sexual, onde tudo o que se faz inclui sexo e prazer. De facto foi, foram horas que passaram sem se dar conta, dentro de um quarto de hotel com direito a explorar cada canto dessas quatro paredes. Ora no quarto, ora na casa de banho espaçosa que dava asas à imaginação de qualquer pessoa que ali entrasse. Foram usadas quase todas as técnicas expostas do famoso kamasutra, e como não podia deixar de ser, a maleta das fodas acompanhou Paloma em quase todas as suas explorações feitas nela, pelo seu companheiro. A noite já ia longe quando adormeceram, sem tempo nem disposição para arrumar tudo o quanto tinham desarrumado dessa mesma maleta.
O dia depressa chegou, e como havia já sido combinado na receção quando deram entrada no hotel, o pequeno-almoço seria servido no quarto, para que pudessem dormir mais um pouco.
Onze horas e batem à porta:
"- Bom dia, é o pequeno-almoço." - alguém referiu do lado de fora do quarto.
Ambos estremunhados e meio ensonados, sem saberem muito bem se já era dia ou não, levantam-se. Ele abre a porta, enquanto Paloma enroscada no lençol, tenta arrumar toda a artilharia da maleta que estava espalhada por tudo quanto era canto, principalmente na secretária onde o empregado esperava meio envergonhado, mas paciente, para que pudesse pousar o tabuleiro.
Paloma não disfarçou um sorriso malicioso enquanto que o rapaz que aparentava ter uns vinte e muitos anos a olhava disfarçadamente a imaginar o que se teria passado dentro daquele quarto nessa noite.
O empregado pousou o tabuleiro, desejou-lhes um bom dia e um bom pequeno-almoço e saiu.
À saída no hotel quando faziam o chek out, Paloma viu de novo o empregado a observá-la de lado e a cochichar com a sua colega.
Não sei o que o rapaz ficou a pensar de tudo o que viu, mas ainda hoje me estou a rir ao lembrar-me da cara dele quando viu a minha atrapalhação a arrumar aquilo tudo.
