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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Se me conhecesses

"Tão perto de ti, e ainda assim tão perto, vou envergando as vestes do querer, pelos sentires mais lascivos que a mente produz, daquelas tareias que nos faz esquecer o mundo, quando me tocas sem tocar.
Quando me tocas e devoras os meus pensamentos e nos sonhos em que deliciosamente participas.
E mesmo rasgando a carne que te quer, confesso que não me apetece lutar mais, aceitando a derrota para que toques mais uma vez, rasgando todo o meu interior.
Mais uma vez num lapso do tempo, me sentir viva...enxugando as lágrimas que marcam a saudade do teu último toque, aquele, onde os olhos me despiram e nua permaneci, aguardando em silêncio o beijo que selava toda a minha vontade e solidão.
E se tu me conhecesses?
Agitarias todos os ventos para voltar atrás, arrastando todas as montanhas para escrever o meu nome!
Se tu...fosses o que eu sempre quis e o que quero, sem mentiras e no final, rasgasses os sentidos e todos os sentires, num gotejar perpétuo do amar!
Isso, amar-me!
Sem ilusões ou vestes de lampiões semi apagados, em ruelas com sombras e nada de ti, e nada de mim.
Em vestes que invento e depois me arrependo, porque tu não estás...e onde estás?
Quando agora sinto frio, nesta gélida saudade de não te sentir.

Somos o que fazem de nós, com o tempo."

Augusto Pinto





segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Ainda andas aqui

Na maior parte dos dias, acordo contigo no pensamento. 
Hoje, mais uma vez, foi um desses dias, deixei-me arrastar pela imaginação que teimava em querer que fosses tu a minha companhia.
Quis-te aqui ao pé de mim, como nunca, desejei-te aqui ao meu lado, entre os meus lençóis, bem encostadinho daquela forma que só nós sabemos. Imaginei-te em cima de mim, com o olhar cheio de desejo cravado nos meus olhos, enquanto eu me ajusto ao teu corpo e nos deixamos levar até ao êxtase.
Abro os olhos, e vejo que afinal não estavas em cima de mim, ia jurar que quase senti o teu cheiro. Volto a fechá-los na esperança de não te perder no meu pensamento e com as minhas próprias mãos, faço aquilo que desejava que fosses tu a fazê-lo.


terça-feira, 22 de agosto de 2017

Retiro

Tentei fazer um retiro comigo mesma, na esperança de poder avaliar o que poderia ser mais importante para mim.
O retiro foi feito. A avaliação também. Soube quem é que de facto são os meus mais que tudo e é neles que encontro o meu porto de abrigo.
Mas essa é apenas uma parte de mim...
Cheguei à conclusão que posso viver o resto dos meus dias com eles. Mas sei que em mim existe um lado muito vivo que pede mais que isso, que pede perigo, vida ao limite, adrenalina pura e insana. Tudo aquilo que o meu porto de abrigo não me consegue dar no dia a dia, mas que eu necessito para viver, para me sentir em pleno para comigo mesma.
Andei meses e meses a afastar-me de mim, talvez anos, a afastar-me de certas pessoas, daquilo que eu julgava ser tentação, para poder provar a mim mesma que eu sobreviveria sem isso.
Sobrevivi de facto e sobreviverei se assim quiser. Mas, eu gosto de viver e não sobreviver.
Sei que muitos de vós e aqueles que me conhecem verdadeiramente me dirão, "estou aqui para o que quiseres"; "estou aqui para te saciar"; "para te acalmar essa adrenalina que te corre nas veias". 
Eu sei. Quantos e quantos já o tentaram, e eu, como sempre, esquivo-me, porque sei bem o que me faz falta, sei bem quem me faz falta, falta essa que eu mesma afastei.
Um afastamento apenas físico, porque na minha mente está sempre presente. Não consigo soltar as amarras.
Não pensem que sofro com isso. Não, de todo. Apenas vivo ou sobrevivo nas lembranças únicas que o passado teima em querer manter presente, num futuro onde te encontrarei mais uma vez, não sei como, mas vou encontrar. E é aí que me perco de novo para me reencontrar. Onde dou asas à imaginação e tu estás lá, sempre vivo e sedento de mim, de nós e mais uma vez, o impensável acontece numa paixão única e louca que nunca se apagou.

Paloma


quarta-feira, 19 de julho de 2017

Nostalgia

Por vezes um cantinho do nosso cérebro ao qual damos o nome científico de hipocampo ou lobo temporal do cortéx, põe os motores a trabalhar e traz até nós aquilo a que damos o nome de memória, quer a curto, ou a longo prazo. Lembra-se de nos levar a lugares recônditos, escondidos por nós, que foram vividos no passado, aparecendo-nos no presente em forma de nostalgia.
Quando essa  nostalgia decide "atacar-nos", só nos resta lutar contra ela expulsando-a, ou então entregar-mo-nos de corpo e alma e segui-la para onde ela nos quiser levar.
Foi o que fiz, ela apareceu assim do nada, e deixei-me guiar por ela, levou-me ao meu carro, fez com que eu o guiasse, enquanto me sussurrou ao ouvido para pegar naquele cd que ainda permanecia ali ao meu lado, na porta e o pusesse a tocar. Todas aquelas musicas que tantas vezes foram ouvidas em conjunto ou a sós ainda conseguiam provocar em mim um arrepio na espinha.

Pus-me à estrada, deixei-me guiar até aquele local onde se deu o primeiro encontro, estacionei e deixei-me ficar por ali parada ao som da chuva que caía forte lá fora ao mesmo tempo que o cd ainda tocava. 
Fechei os olhos e vivi tudo o que ali se passou há uns anos atrás como se fosse hoje.

Sorri ao recordar aquele nosso nervoso miudinho quando convidei alguém para entrar no meu carro pela primeira vez.

Sorri quando recordei aquela minha tentativa de beijar esse alguém, sim, fui eu a que me atirei de cabeça...quando na realidade essa pessoa queria tanto ou mais que eu. Foi algo tão único, tão indescritível que só quem viveu algo do género me irá compreender. E presumo não ter sido a única a viver algo assim.

Sorri, quando recordei aquela vez em que fui ali parar de saia e sem cuecas e tivemos que acabar tudo num outro lugar mais adequado...que loucura.

Sorri, ao recordar todas as vezes que aquele carro foi o local escolhido para nos aliviarmos de todas as tensões e tesões.

Sorri, porque sabia que me aventurei a viver de uma forma que nem todos teriam coragem de o fazer, forma essa que me fez bem ao ego, à minha forma de ser e ver as coisas. Cresci  e aprendi a ver as coisas numa outra perspetiva que poucos alcançarão.

Sorri, porque não me arrependi de nada do que fiz e se voltasse atrás, faria tudo da mesma forma, simplesmente me deixaria ir.

Mas também chorei...
Chorei, sem saber muito bem a razão que me levava a chorar.
Talvez porque decidi acabar tudo isso. Talvez porque agora não encontrava nada nem ninguém à altura de tudo aquilo que se viveu e sentiu. Talvez porque sabia que a qualquer instante eu poderia recomeçar tudo com a mesma pessoa, mas ao mesmo tempo a minha razão, dava-me um safanão querendo alertar-me para ficar quieta.

Chorei, porque sabia que essa pessoa ainda sofria com o meu afastamento, mas mesmo assim, continuava ali, todos os dias para me dar os bons dias.

Chorei, porque desde então não consegui mais ser a mesma aventureira destemida de outrora.

E voltei a sorrir de novo, porque sabia que era uma felizarda na vida, e que apesar de tudo o que vivi não magoei ninguém com as minhas decisões. 
Desde sempre soube que era preciso usar a inteligência da mesma forma que ao mesmo tempo  se usava a audácia, para que tudo desse certo, e agora tinha a certeza que de facto foi essa a minha melhor regra que estabeleci para mim própria.

São dias como estes, nostálgicos que nos levam a pensar melhor em tudo o que fomos e somos. E ainda naquilo que um dia queremos ser. 
Ser vivos, e não apenas sermos seres existentes à face da terra.


segunda-feira, 10 de julho de 2017

sexta-feira, 7 de julho de 2017

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Aqueles beijos

"Ahh! Que beijos eram aqueles...
Sem pressa, demorados.
Ternos, apaixonados,
Inebriantes.

Beijos inesperados,
Quentes, molhados.
Cheios de intenções,
Desejos, paixões.

Beijos que marcavam,
Que pediam, imploravam.
Uma garantia, uma certeza,
Que nunca terminariam.

Mas, sem saber que era o último,
Nossos lábios repetiram o ritual.
Nos entregamos àquele momento,
Com a esperança que durasse para sempre.

O derradeiro beijo foi assim,
Mais um instante paradisíaco.
Nada de despedidas tristes,
Sem lágrimas derramadas.

Ainda penso naqueles beijos
Beijos que me enfeitiçavam.
Entorpeciam meu corpo,
Embebiam-me de prazer.

Bons beijos aleatórios eram aqueles...
Anestesia para dias amargurados.
Deixavam o coração suplicante,
Viciado em beijos enamorados."

(Elonir Gonçalves)


quarta-feira, 31 de maio de 2017

Um email...de um (antigo) seguidor


"Mais uma folga, e hoje até estou um pouco aborrecido, quando decido ligar o msn, e passar uma vista de olhos rápida pelos amigos, para ver quem está. Descubro então a senhora (cujo blog, e escrita, me faz a imaginação galopar e o resto crescer até proporções, que eu desconhecia...) online, decidido, resolvo meter conversa, e vamos la ver se ela está disposta a conversar e a deixar-se conhecer um pouquinho, enquanto isso, na minha cabeça assaltam-me todo o tipo de pensamentos:
 - Quem será? Como será? Será amiga de alguém que conheces? Será alguma gorda arressabiada? Será Lisboeta? Até pode ser um gajo a passar-se por mulher. Será que vai gozar comigo? Que se lixem os Será, venha lá, que logo vês.
 Do outro lado, chega um - Boa tarde.
 E toca de conversar. Olá para lá, olá para cá, que faço eu, que fazes tu, de onde teclas, eu daqui e tu dali, eu tenho x e tu tens y.
Ou seja, conversa da boa, sem stress, com boa disposição. Que bom, alguém que conversa na boa e que escreve daquela maneira. Muito fixe.
 Entretanto, e com o desenvolver do exercicio dedal, e da conversa, arriscamos ligar a cam, e começam a chover novamente aqueles pensamentos que nos fazem hesitar, de vez em quando.
 - Tás fodido... Mas tão fodido, que até acho que estou refodido... - agora, se der merda da grossa não te queixes, e se ela for tua vizinha, tua amiga ou conhecida, como te safas?
 Enquanto isso, a emoção do desconhecido e da pequena aventura, vai crescendo e vai dando lugar a uma ansiedade boa, e aqui senti-me como se de um 1º encontro se tratasse.
 - Vou aceitar! Que se lixe.
 Liga, não liga, estes segundos parecem-me agora minutos, já está.
 Bem, que surpresa, uma mulher bonita (será que é fake cam), com um belo sorriso. Não é gorda, nem encalhada, será que isto que estou a ver é alguma gravação?! Será que eu Cromagnon, não lhe vou ferir a susceptibilidade, com os meus modos rudes (pois, porque de vez em quando, sinto-me como um elefante, numa loja de cristais).
 - Que bem que me está a saber a conversa (tenho que me esforçar, para não me deixar levar pelos instintos primários, e aqui passa-me pela cabeça, o filme "a idade do fogo", naquela cena em que uma bebe água no charco...), e a visão tambem é muito gira, cabelo bem tratado, blusa branca, muito fresca. Que delicia.
 E a conversa vai fluindo, agradavelmente...

 - Não pode ser. Está a estender-me a mão através do monitor, a medo toco-lhe, na pele morena, sedosa, com um cheiro doce, pela expressão facial, deduzo que quer passar para este lado, e forço-a suavemente a vir para este lado, puxando-a bem devagar. Cai-me nos braços, e imediatamente nos beijamos como se fossemos amigos de longa data. Separados pelo tempo e pela distância.
 Tudo pára, enquanto nos beijamos, e tocamos, sinto-lhe os mamilos duros a tocarem-me no peito, enquanto ela me acaricia o membro (que atingira o tamanho xl, instantaneamente), sinto a sua mão a percorrer o membro palpitante de vontade, ao mesmo tempo que sinto um dos seus dedos a acariciar-me a "cabecinha", com a gotinha que tinha aberto caminho, até ao fim daquela rocha, que até á bem pouco tempo, estava inerte e fria.
 Com a mão na cabeça dela, faço-a suavemente ajoelhar-se, á minha frente, como quem pede perdão, desaperta-me as calças, sofregamente agarra-mo e põe-no na boca, chupando, engolindo, lambendo, tocando-lhe com a língua, acariciando-me os acompanhantes do membro hirto, com uma mestria, que até aí eu desconhecia. Massajou-mo no meio das suas maminhas, até eu me vir, que nem um tolo, na sua língua, que usou como uma espécie de veículo, para engolir o meu liquido quente e espesso. Levantou-se desapertou as calças e tirou-as de seguida, desapertou o soutien, enquanto olhava para a cara de parvo, de quem se tinha acabado de vir, e numa voz límpida e meiga disse:
 - Agora tu, antes que chamem por mim.
 Encostou-se à secretária meio nua, e eu não conseguindo suster-me, desejoso de sentir os seu sabor, comecei a beija-la, pela barriguinha, levantei-lhe a blusa branca, que me deixou, vislumbrar uma maminha perfeita, a qual eu fiz questão, de lamber, descrevendo círculos perto do mamilo, outros afastados, uma leve trinca, um toque molhado de língua, um chupãozito, até estarem bem riginhos e a sua dona, soltar uns gemidos baixinho, e se começava a contorcer, empurrando-me pela cabeça(como que a dizer-me, tá na hora), fui como que obrigado a descer pela barriguinha, tocando, beijando, passando a língua, em todo o seu belo corpo, enquanto lhe apertava as nádegas, até que por fim, senti aquele cheirinho(de que tanto gosto) agridoce. Toquei-lhe levemente com um dedinho, que ficou molhado e foi puxado, tal e qual um íman faz, a seguir percorri-lhe todo o seu sexo húmido e cheiroso, com a língua, bem devagar, bem depressa, pelos lábios carnudos, pelo meio de todo aquele calor.
 Quanto mais a beijava, mais ela gemia, brinquei com aquele clitóris rosadinho, beijando-o, chupando-o ao mesmo tempo que lhe tocava com a língua, e como ela gemia e se contorcia. Enfiei-lhe um dedinho, naquele rabinho, o que lhe fez soltar um gemido intenso, e todo o corpo dela se contorcia, e cada vez com mais intenção, violência, até explodir, soltando um misto de grito e suspiro.

 - Bolas... Lá estas tu a sonhar acordado, só espero que ela não tenha reparado, mas como é assaz perspicaz, e inteligente, não te safas, esta minha cabeça, e esta minha vontade permanente.
 E a conversa continua (mas sinto que ela reparou e que de uma qualquer maneira subtil e inteligente, me travou o impeto) e ainda bem, com tudo isto o tempo passou a correr a conversa foi curta, mas boa, do outro lado, uma interlocutora (que me deu cá uma vontade, não sei se ela sentiu o memo, quem me dera...) com tudo o que um homem procura ou quer numa mulher, tenho pena de a distância ser grande, ia adorar tomar um café com ela ao fim da tarde, continuar a boa conversa e rezar a Deus (se calhar era melhor ao diabo, porque se fosse a Deus, ou ele me castigava ou me roubava), para que ela num ataque de desejo e loucura, me indicasse o caminho para o vale do prazer (um vão de escadas, um qualquer miradouro abandonado, um quarto de hotel, whatever).
 Agora espero voltar a encontrar-me com ela, e se as forças que nos regem quiserem, passá-la de vez em quando para o meu mundo real."

Vejam só o que eu tinha guardado por aqui...
Sem comentários!!



quarta-feira, 24 de maio de 2017

Come to me

Este vídeo tem tanto de mim, tantas memórias ainda presentes...

Aventura...carro, encontros, serra...
Praia...sexo, loucura, calor, olhares...
Proibido...toque, cinema, gemidos...
Cama...wc, parede, sofá, beijos, chuva...
Sussurros...orgasmos, suor, relógio...
Volúpia...desejo, risos, esconderijo...
Medo...adrenalina, conversas e muito tesão.


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Também acredito

"Acredito fielmente que existem amores que nunca morrem, mesmo que não continuem."

Andreia Filipa S. M.



quinta-feira, 2 de março de 2017

Saudades ou vontades?

Estava capaz de escrever um texto pormenorizado sobre saudade...de muitas coisas que vivi e que hoje, mais uma vez me "despertam" assim do nada. Mas, cheguei à conclusão que não são saudades o que sinto, mas sim, vontades...
Vontades de voltar a repetir tudo aquilo que fiz e disse que não faria mais.
Até quando irei aguentar este querer que me atormenta?


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

A sério?

Hoje "cruzei-me" com um conhecido, daqueles que em tempos passados tentaram saltar à cueca aqui da je, mas sem sucesso.
Já passaram alguns anos, mas constatei pela conversa a medo da parte dele, que a vontade ainda permanece.

Depois de me ter desejado um bom ano, lá ganhou coragem e disse:
"- Paloma, és uma mulher difícil...foste uma das mulheres que mais me fez sentir intimidado, daí nunca ter conseguido ter a coragem precisa para avançar."

Tentando eu dar a volta à situação, apenas lhe disse:
"- Esquece isso, ano novo, vidas novas..."
Ao qual ele mencionou:
"- Ano novo, desejos velhos, que ainda estão por realizar!"

Ups....e assim me pirei de mansinho com um "xau", antes que ele visse em mim o quanto intimidante posso ser na realidade.



segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Aquele abraço

"E afinal aquele abraço não foi o último...!" Porque os dias passaram, a ausência sentiu-se, a saudade emergiu e tudo isso se transformou numa dor insuportável que transportavam dia após dia, como se de uma convalescença se tratasse. Tudo o que no passado faria pensar que aquele seria o último abraço, devido aquela paixão arrebatadora e proibida que viveram durante anos, não compreendida por muitos, agora com o afastamento, o amor gritou mais alto e tudo o que parecia ser uma eterna loucura, onde a luxúria predominava, deixou de o ser! O que ambos sentiam era AMOR, um amor desconhecido por eles até então, porque tudo o que viveram era demasiado intenso para que pudessem parar para pensar e perceberem o que afinal os unia. A embriaguez do desejo, cegava-os. Satisfaziam-se de uma forma indescritível e tudo o resto passava-lhes ao lado. O certo é que o amor esteve sempre lá, mas só com o afastamento físico é que perceberam que afinal entre eles havia mais que uma simples paixão. O que os unia era o Amor e aquele que parecia ser o último abraço, passou a ser o abraço mais desejado e sentido por eles, todas as vezes que tinham oportunidade de estarem juntos."
(Escola de Escrita e Criatividade - R.S.) 



terça-feira, 15 de novembro de 2016

Sabiam que...

Hoje é o dia nacional da linguagem gestual portuguesa?
E sabiam também que, aqui a vossa amiga Paloma em tempos teve aulas dessa mesma linguagem?

Esta foi uma das que nunca esqueci e vá-se lá saber o porquê!!


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Bons velhos tempos

Ai do que eu me fui lembrar...

Era um dia de sol, igual a tantos outros, e por algo que tivera que fazer distanciada de casa, fez com que ficasse mais perto de alguém.
Esse alguém só lhe disse: "-Quando estiveres pronta dá-me um toque."
Assim fez, deixou o seu carro estacionado ao lado de uns prédios e entrou na carrinha dele, sem saberem bem onde iriam, porque o tempo era mais que limitado.
Depois de algumas voltas, o local ideal não quis aparecer, e tiveram que resolver tudo, mais ou menos como se pode ver na imagem abaixo.

Quisera hoje o tempo que essa lembrança viesse à minha memória, e é tão bom olhar para trás com um sorriso malandro no rosto sem qualquer tipo de arrependimento.
Sinto que vivi a vida, sinto que ainda continuo a viver e que muito mais ainda está por vir.
A vida é de quem se atreve.
E o resto...são apenas restos de pobres mortais que se vão deixando morrer os poucos até que a terra os engula por completo.


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Karma

"Quero que se foda o karma. A sério, estou-me a borrifar se traí, menti, matei ou jurei sem ter cumprido. Tenho um compromisso com a vida, hoje e não ontem, e acredito na minha capacidade de escolher entre o mais fácil e o melhor. Não tenho medo de não ter medo do karma. Se Deus existe, não vou aceitar que me condene pelo que fiz no passado. Bem pelo contrário. 
Se não estou a aprender com tudo aquilo que faço, se não aprendi com tudo aquilo que fiz, então é porque não estou a viver, mas a morrer em vida. 
Não me assusta que me digam que estou condenado a pagar pelo que fiz. Não acredito. Pode até parecer presunção, mas não me arrependo de nada. Fiz o que fiz porque fiz. Por isso, quero que se foda o karma. Poupem-me as merdices e deixem-me viver sem maldizer o meu passado."

José Micard Teixeira


terça-feira, 14 de junho de 2016

De repente...

De repente tudo muda. De repente desaparecem os beijos. De repente desaparecem as conversas. De repente desapareces-me do olhar. De repente a ausência sente-se. De repente a solidão ataca  e de repente o vazio instala-se.
De repente sentimos que algo de nós já não está cá.
De repente a vida muda e nós mudamos com ela.
E tudo num instante tão repentino...

Paloma


sábado, 30 de janeiro de 2016

Saudade

30 de janeiro é o dia da saudade.

"Definir saudade? Não consigo.
É dos sentimentos mais avassaladores que existem.
Como se descreve o vazio? O silêncio? A ausência? O pedaço de nós que se ausentou?
Saudades não é só sentir falta de alguém. É sentir a falta de alguém em nós. Dentro de nós. É ter saudades de nós com alguém. É o estar por estar, e o ser por ser.
Como se traduz em palavras aquilo que a saudade corta sem nada nos tocar? Que fere. Que magoa. Que esvazia. Que ecoa. Que enlouquece.
Nada disso se assemelha à saudade que sinto. São pequenas as palavras que a descrevem.
Definir saudade? Não me é possível.
Talvez por a sentir tão em mim.
Talvez porque me toque na pele todos os dias.
Saudades...infindas...sempre!"

Loba Vampira