Vezes sem conta camuflava o que lhe percorria no corpo todo, o que lhe remexia as entranhas, porque sentia-se um ser único no meio de tantos que lhe pareciam ser tão diferentes. Parecia que já nada nem ninguém conseguiam chegar-lhe ao auge que ela tantas vezes sentia e necessitava. Parecia tudo tão pouco e escasso, comparado com o que ela desejava.
Via-se vezes sem conta a ser provocada por este ou aquele, mas o que lhe diziam ou faziam, não mexiam com ela, era tudo muito básico, era tudo muito pouco para o fogo ardente que nela habitava constantemente.
Ela precisava do máximo, da volúpia, da insanidade que perante aos olhos dela, muito homens não sabiam o que isso era. Para eles, meia dúzia de palavras e umas quantas perguntas que consistiam quase sempre no mesmo, "de que cor é a tua lingerie hoje", "estás molhada", "gostas de sexo oral"..."ai, desculpa se te ofendi", não conseguiam com que ela avançasse, porque isso tudo era tão verde para o maduro que ela tanto gosta.
Por vezes, perguntara-se para si mesma se de facto estaria a teclar com homens já vividos como assim lhe diziam ser, ou com putos acabados de tocar as suas primeiras punhetas, na esperança de poderem aprender algo mais, com uma mulher já com um pouco de experiência, e que sabe bem o que quer e faz, sem qualquer tipo de pudor. De facto, não era aquela a praia dela e afastava-se de toda essa gentinha, que o que mais queriam na realidade, era ver algo dela e esvaziar os tomates à sua custa.
Toda ela era tesão e necessitava de muito mais...necessitava de palavras porcas, obscenas, do pega lá, e usa como quiseres, que eu vou foder-te como nunca o fiz com ninguém. Era disso que ela precisava. Porque de boas tretas e míseras tentativas, anda este mundo cheio. Agora, de homens a sério, capazes de fazerem uma Paloma gemer e gritar de prazer até à exaustão, não é qualquer um que consegue e doam estas palavras a quem doerem.
E já agora, desculpem se vos ofendi!!